segunda-feira, 16 de abril de 2012

Leito de dor




Deitada no leito
Gemia a pobre mulher.
Era dor e tristeza.
 Era a dor de um câncer.
Fazendo o que pode alguém que podia.
O corpo jazia no leito de dor.
Não bastava a morfina.
Agora a senhora que outrora menina,
Chorava a angustia da vida que passou.
Tentou loucamente, mas nada lembrou.


Ainda sobravam umas horas
De puro sofrimento e de restas lembranças, de puro lamento.
As lágrimas secaram e a garganta doía.
Não tinha mais forças parou de gritar.
Agora por sorte ainda gemia...Um silêncio pairava...
De olhos abertos a luz já sumia.Fecharam-se os olhos.
E seu coração tão levinho batia...
Deitada em seu leito a mulher descansou.
A maldita doença sem piedade a levou.
Apenas silêncio...
E no peito o alento, a paz e ternura.
Acabaram-se as agruras.
Deus a levou!

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