domingo, 2 de janeiro de 2011

EU.

Eu…
Que me espera
Deveras
Que outro me tenha.
Que a vida que passa me odei
Desdenha.
Que o mundo me abrace,
Depois me arraste para o tronco
Que ronco,
Que bela façanha.
Sou eu quem apanha.
Sou eu que me desespero,
Meu eu que impero,
Sem sonho ou pudor.
Choro a burrice e a dor.
Eu mesma que grito,
Que berro,
Que minto.
Eu mesma que me escondo,
Sorrindo me expondo.
Rasgando a roupa,
Mostrando a carcaça,
Sem riso de graça.
Desgraça!
Eu mesma me agarro
Criando faceta
Na frente do carro.
Eu mesma me nego,
E nua me entrego a todos porém.
Eu mesma….sem sonho…
Eu mesma ninguém…

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