segunda-feira, 13 de julho de 2009

O RIO (a chuva).


Caminho novamente á margem do rio.
E agora tudo me parece mais alegre.
As águas agora são límpidas
E com a transparencia das águas
se o tempo
nos permitissem até contariamos as pedrinhas que existem lá embaixo.
Agora, o rio, corre e ri.
Ja não sinte mais sede,
Ja não se lamenta mais,
Recolhe cada gota da chuva e vai juntando e guardando em seu seio.
É como se abraçasse cada gota matando saudades dos velhos tempos.
E para seu maior contentamento, os peixes vão aos pouco descendo e subindo sob as águas que de tão ansiosas,
rumam a mais esplêndida cachoeira.

Ela fica ali escondida entre as árvores e montanhas,
logo abaixo do rio.

Imaginem, quando já está bem próximo da cachoeira,
o rio se agita, e as águas que agora são bravas
não riem mais,
dão gargalhadas.

Estamos na cachoeira e as águas despencam lá embaixo,
e o rio continua seguindo seu rumo, cantando e sorrindo.
O rio agora está contente.
A seca acabou.
Chove por aqui.
O rio que antes seguia triste e desfalecendo, agora tem vida.
É como se o rio cantasse, agradecendo ao alto, a chuva que antes recusava-se a lhe dar de beber.
E que agora o faz transbosdar trazendo de volta alegria e contentamento.
O rio está feliz porque chove!
Agora ele tem lágrimas de sobra, mas já não precisa chorar.
Ele etá feliz.
Feliz e realizado,
porque chove...

Neide Lameu .
31/08/2001

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